sábado, 8 de maio de 2010

ENTENDA A CRISE DA GRÉCIA...


A BBC preparou uma sessão de perguntas e respostas para ajudar a entender o que está em jogo nessa crise.

Por que a Grécia está nessa situação?


A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era atingida pela evasão de impostos.
A Grécia estava completamente despreparada quando chegou a crise global de crédito e em 2009, registrou déficit orçamental de 13,6% do PIB e enfrenta atualmente uma dívida de 300 bilhões de euros.
O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos.
Essa situação é particularmente preocupante, porque a Grécia depende de novos empréstimos para refinanciar mais de 50 bilhões de euros em dívidas neste ano.

Por que a situação causa tanta preocupação fora da Grécia?


Todo mundo na zona do euro - e qualquer um que negocie com a zona do euro - é afetado por causa do impacto da crise grega sobre a moeda comum européia.
Teme-se que os problemas da Grécia nos mercados financeiros internacionais provoquem um efeito dominó, derrubando outros membros da zona do euro cujas economias estão enfraquecidas, como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha. Todos eles enfrentam desafios para requilibrar suas contas.
As preocupações foram exacerbadas pelas agências de classificação de risco, que rebaixaram os graus de investimento de Portugal e Espanha, além da Grécia, gerando temores sobre a capacidade desses países de pagar suas dívidas.

O que a Grécia está fazendo para reverter a crise?

A Grécia apresentou planos para cortar seu déficit para 8,7% em 2010, e para menos de 3% até 2012.
Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou em maio um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros.
O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos, e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.
O governo ainda pretende aumentar a idade para a aposentadoria em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.

Como essas medidas foram recebidas na Grécia?

De maneira nem um pouco positiva. Houve uma série de protestos no país, alguns violentos.
Em um deles, três pessoas morreram após um incêndio em um banco no centro de Atenas. Várias greves atingiram escolas e hospitais e praticamente paralisaram o transporte público.
Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.
Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "antipopulares" e "bárbaras".

O que acontece agora?

A União Européia afirmou que a primeira parcela do pacote de empréstimo será paga antes do dia 19 de maio - data que vence parte da dívida grega. No total, cerca de 30 bilhões de euros (R$ 70 bi).
Em teoria, os fundos do pacote de ajuda da UE e do FMI e o pagamento de parte da dívida deveria proporcionar uma queda nos custos de empréstimo do governo e o euro deveria voltar a se fortalecer, depois de ter sofrido queda nas últimas semanas por causa do medo de a Grécia não conseguir pagar suas dívidas.

A Grécia poderia simplesmente abandonar o euro?


Operadores de câmbio já demonstraram medo de que alguns países com grandes déficits no orçamento - como a Grécia, Espanha e Portugal - possam se sentir tentados a abandonar o euro.
Ao deixar a moeda comum, o país poderia permitir a desvalorização de sua moeda e, assim, melhorar sua competitividade.
Mas isso também causaria grandes rupturas nos mercados financeiros, provocando o medo entre os investidores de que outros países adotassem a mesma estratégia, potencialmente levando ao fim da união monetária.
Mas a União Europeia já demonstrou que quer manter a zona do euro unida e descartou a ideia de que países iriam abandonar a moeda.

Como a situação da Grécia se compara a de outros países?


A Grécia não é o único país da zona do euro a violar a regra que afirma que o déficit orçamentário não deve ultrapassar 3% do PIB do país.
Na Grã-Bretanha, que não está na zona do euro, esse déficit chega a 13% do PIB. Na Espanha ele chega a 11,2%, na Irlanda a 14,3% e na Itália a 5,3%.

Fonte: globo.com/notícias

8 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que esses países em crise deveriam procurar novas medidas para contornar a crise como, por exemplo, cortar alguns cargos públicos que fossem desnecessários e em outros cortar benefícios que realmente não fossem realmente necessários.
E, além disso, para quitar a divida mais rapidamente eles deveriam renegociar empréstimos com menos juros, e tentar arrumar um jeito mais interessante de pagar a divida.
Nesse caso há poucos jeitos de sobre sair, mas um deles também é usar a criatividade e reinventar maneiras de escapar.


CRISTIAN RODRIGO/9°-5

Anônimo disse...

Na minha opinião, se eles querem fazer dívidas, porque não pensam antes como pagá-las? Seria um método de não entrar em crise, e terem como voltar ao normal.
Os protestos deveriam acontecer sim, porque são uma forma das pessoas se expressarem. Mas porque usar a violência? Isso só piora a situação! Enquanto o governo paga muito por coisas que não dão tanto futuro, deveriam diminuir os valores e aumentar em coisas que são realmente importantes e necessárias. Talvez a crise e os protestos melhorassem um pouco


Natália 9 ano 5

Anônimo disse...

A Grécia esta passando por uma situação que abalou todos os habitantes, e também muitos países, mas para acabar com esta crise, é preciso que o governo contorne está situação não a piorando, (fazendo outra divida para quitar esta).
Cortar alguns gastos do país seria uma boa idéia para que eles obtenham mais dinheiro, mas que eles façam isso de forma justa.
Portanto nem uma pessoa pode chegar e julgar totalmente o governo da Grécia, pois violência não leva a lugar algum.

Aline Luiza 9º-5

Anônimo disse...

Eu acho que ela devia procurar meios de melhorar com seus peóprios recursos e não ficar só pegando um empréstimo atrás do outro, por exemplo aumentar taxas de exportação e importação nos produtos que o consumo é maior lá, ou de um modo não tão correto, explorando recursos ambientais. sei lá!

Anônimo disse...

foi mal, o de cima é meu só que eu esqueci de por o nome.

Lucas Pedrosa Barçante 9°5


Obs: não é peóprios mas próprios.

VLW!!!

Anônimo disse...

Para começar crises não devem ser entendidas como o fim do mundo, apenas temos que pensar de maneira diferente para conseguirmos escapar delas.
No caso da crise da Grécia, tal situação foi o resultado de intensos investimentos sem planejamento adequado. Esta crise, portanto não é culpa dos governados e sim dos governantes.
Concluindo alguns gastos e benefícios desnecessários principalmente quanto ao governo devem ser repensados e cortados quando realmente não forem necessários, a população também deverá ajudar o país se privando de alguns benefícios, por ultimo eu só queria dizer que contrair novas dividas para pagar as velhas é uma completa falta de bom censo.

Gustavo 9°/5

Anônimo disse...

A Grécia já não é muito 'rica' e gastou muito nos jogos olímpicos por isso ficou devendo muito mais o pior de tudo é que ela não tem capital para reestruturar o país e devido a isso deverá pedir empréstimo aí é uma situação difícil.Se ela tivesse pensado antes de gastar tanto não teria tanto problema.

João Vitor De Freitas 9º ano 5

Anônimo disse...

Esperava algo novo no site....
Há pelo menos 6 sites com o mesmo texto da BBC, e nenhum informa o link direto da página da BBC.