sábado, 9 de agosto de 2008

SER ou TER?


Uma coisa é certa: a onda do consumismo não tirou a consciência sobre os verdadeiros valores da vida. O que está em jogo é o dualismo entre SER e TER. O que vale mais na vida: ser uma boa pessoa ou ter uma boa condição de vida? O melhor seria unir os dois, sem permitir que o dinheiro se sobreponha às questões humanas. O dinheiro traz segurança e conforto, mas não é o suficiente para fazer o ser humano feliz. Já dizia uma máxima: “Ninguém é feliz sozinho!”.

Nas rodas de amigos, que vale mais? Ter uma roupa legal, um sapato da moda, um visual transado ou simpatia, caráter, carisma, amizade e companheirismo? A busca pelo TER é, muitas vezes, cansativa e frustrante. Até mesmo os executivos mais ricos do mundo afirmam não ter tudo aquilo de que gostariam.

Em todos os lugares há esta diferença entre TER e SER. As pessoas que excluem alguém por não ter grana, status ou aparência não merece a amizade de ninguém. A pessoa excluída tem de procurar outros amigos que valham a pena. Nas festas acontece muito os mais badalados serem convidados, os que têm carro ou conhecem mais gente. As pessoas esquecem do SER, buscando freneticamente o TER. Elas ignoram que em segundos se podem perder bens e dinheiro. Mas dignidade, respeito, amizade verdadeira, amor e felicidade você não perde. Sabe-se que o dinheiro é necessário para a nossa sobrevivência, mas o problema não está no dinheiro que cada um tem, mas sim na forma de agir. É a maneira que cada um age que faz a diferença. Infelizmente a sociedade não ajuda muito, impondo o consumismo. Mas o melhor a se fazer é valorizar as qualidades interiores de cada um.

Essa questão de SER e TER é complicado. Há aquela pessoa que nem se aproxima, porque a outra não se veste legal nem usa roupa de marca. Nem dá a chance de conhecer e já julga pela aparência. Devemos escolher os amigos pelos valores que eles têm e pela afinidade. Devemos valorizar aquela pessoa que sabe SER, ou seja, que tem caráter, personalidade, não é materialista e tem objetivo na vida.


O CONSUMISMO E OS RECURSOS DO PLANETA TERRA

A Terra sofre com as péssimas condições de seu meio. Nosso planeta, com recursos naturais vastos, mas finitos, sofre uma degradação ambiental antiga e contínua. O ser humano, principal ator da degradação ambiental, sofre as conseqüências do desrespeito ao meio ambiente em sua vida. A mudança de atitudes na sua postura em relação ao meio ambiente é fundamental para que haja uma transformação. Não resta a menor duvida, estamos diante de um modelo de produção e consumo nitidamente insustentável, já que consumimos cerca de 25% a mais de recursos naturais do que o planeta consegue repor. Isto é, a Terra não está conseguindo repor ar respirável, água limpa e terras sadias, além de não estar conseguindo absorver os resíduos produzidos pela humanidade a uma velocidade compatível com o seu uso ou produção. E isso acontece quando dos quase sete bilhões de habitantes da Terra, somente 1,7 bilhões aproximadamente conseguem consumir sem restrições. Se todas as pessoas do mundo consumissem como os habitantes mais ricos, seria necessário quatro planetas Terra para atender a demanda.

Consumo sustentável é o ato de adquirir, utilizar e descartar bens e serviços com respeito ao meio ambiente e à dignidade humana. Consumo Sustentável quer dizer saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

Um comportamento ambiental consciente tem que ser encarado como uma prática de sobrevivência para todos nós, e para gerações futuras. E exige somente mais atenção com o que está a sua volta.

No dia a dia nos deparamos com várias situações, das mais simples as mais complexas, tais como atitudes profissionais, com a família e o meio ambiente.

O consumo sustentável depende da disponibilidade de bens e serviços sustentáveis. Assim existe um binômio, a produção sustentável está associada ao consumo sustentável.

Adquirir apenas o necessário para uma vida digna, minimizar o desperdício e a produção de rejeitos e resíduos, consumir apenas bens e serviços produzidos que não agridam o meio ambiente, motivar processos agrícolas (principalmente a agricultura familiar, cooperativas, comércio justo), proporcionar políticas que se preocupem com questões sociais, culturais e ambientais tanto na produção como na administração mediante parâmetros éticos e conhecer o ciclo de vida dos produtos (CVP) mediante selo de certificação são algumas das ações em prol do consumo sustentável.

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